Continuando a série de textos sobre o desenvolvimento do bebê, vamos falar sobre o 2º e o 3º mês. Depois que o desafiador primeiro mês passa, normalmente, as famílias já estão adaptadas ao novo bebê, já conseguem reconhecer algumas das suas necessidades e começam a tentar incluir uma rotina diária de banho, sono, massagem e brincadeiras. Nesta fase, o bebê já está mais adaptado ao mundo extrauterino, e passa a prestar mais atenção ao que acontece ao seu redor.
Começa então uma nova e apaixonante fase, quando passam a sorrir socialmente em resposta ao nosso sorriso e brincadeiras. A interação com o cuidador já faz com que prestem atenção ao que falamos, nas nossas expressões faciais, no tom de voz, muitas vezes virando a cabeça para buscar quem fala com eles. Já são capazes de fixar o olhar no brinquedo e virar a cabeça para os dois lados, acompanhando o movimento.
A atividade dos braços e pernas passa a ser um pouco mais organizada, apesar de ainda existirem muitos reflexos envolvidos, e ao tocar os objetos num movimento reflexo, passam a tentar repetir aquela “brincadeira” de forma voluntária. Ao final do terceiro mês já trazem as duas mãos próximas uma da outra, na linha do meio do corpo, levam a boca, e podem segurar brinquedos flexíveis ou de argola, quando colocados em suas mãos. Começam a abrir mais as mãos. Tocam o corpo e roupas, fazendo o reconhecimento e exploração, que irão ajudar no controle do corpo e movimentos. Chutam bastante com as pernas trabalhando a musculatura do abdome. Se os pés tocam a superfície, podem se empurrar. Nesta fase podem rolar para de lado, porém esse rolar é reflexo, devido à movimentação da cabeça. Levam o queixo perto do peito, como se quisessem sentar sozinhos.
Quando estão de barriga para baixo, já se apoiam de forma mais eficiente nos antebraços, e elevam o pescoço, sendo capazes de acompanhar virando a cabeça para os lados. Por vezes, com o peso da cabeça, se o cotovelo estiver um pouco esticado, são capazes de desvirar para ficar de lado ou de barriga para cima.
É nesta fase que devemos começar a colocar o bebê em superfícies mais estáveis, como no chão com um cobertor grosso ou tapetes de E.V.A ou outro tipo que possa absorver impacto. Muitos pais questionam com qual idade devem começar a colocar os bebês no chão, e esse é um ótimo momento. Na maioria das vezes, a criança se cansa rapidamente de estar no ali, e não passam muito tempo entretidas com um mesmo brinquedo. São elas que vão "dizer" quanto tempo toleram estar brincando no chão. A cama e o berço podem ser utilizados também, porém são mais macios, e não permitem tanta liberdade de movimento aos bebês. A cama também pode se tornar perigosa à medida que a criança se move mais, devido ao risco de queda.
Nesta fase a visão também está melhorando, e os bebês conseguem perceber e observar o que acontece ao seu redor, e já existe maior interesse pelas cores, não é mais uma visão que prefere contrastes. Os brinquedos podem ser mostrados e colocados na mão da criança, e o ideal é que possamos oferecer diferentes estímulos a eles. Brinquedos com cores, sons, texturas e até temperaturas diferentes para que o bebê possa tocar, sentir, observar e explorar. Lembrando sempre da higiene e segurança, pois todos eles começam a ser levados até a boca.
Espero que tenham gostado. Curtam e compartilhem, marquem amigos que possam se interessar pelo tema. Se restaram dúvidas ou sugestões, deixem nos comentários que teremos o maior prazer em responder. Até o próximo texto.
Caroline Burgos
caroline@amama.com.br