Cada um de nós possui uma flora bacteriana (conjunto de diversos tipos de bactérias), que vive em determinadas zonas do corpo. Essa flora costuma proteger o corpo dos microrganismos que provocam doenças e se for por algum motivo for alterada, rapidamente se recupera. Adquirida após o nascimento, a flora da pele é modificada continuamente ao longo da vida por estar em contato com o meio ambiente. A presença dessas bactérias é benéfica por formar uma barreira protetora evitando que microorganismos maléficos tenham acesso a pele e provoquem doenças no corpo.
Suar intensamente ou tomar banho não são capazes de eliminar a flora da pele. Apenas o uso de anti-séptico pode reduzir a contagem de até 90% das bactérias da flora, que tende a se recompor em até 8h. Logo, o uso excessivo de agentes anti-sépticos (sabonetes bactericidas, álcool 70%, etc.) torna a pele do bebê suscetível a infecções do ambiente por reduzir a sua flora natural e benéfica. Essa pele menos protegida pode favorecer a ocorrência de infecções e hiper-estimular o sistema imunológico que se torna mais reativo as adversidades do ambiente. Como conseqüência podem também favorecer quadros alérgicos e hipersensibilidade a alimentos e outros alérgenos do ambiente.
Deste modo, cuidar da higiene é fundamental para preservar a saúde do bebê, mas excessos dessa limpeza podem agravar a ocorrência de eventos adversos à saúde. A troca de bactérias entre a pele do bebê e da mãe, pelo contato direto entre elas é uma forma prazerosa e natural de auxiliar na saúde do seu(a) filho(a). Então fique bem pertinho e grudada com o seu bebê para favorecer não só o vínculo, mas a proteção natural da pele e a saúde dele.