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Foto do escritorTarsila Leão

Ah, a maternidade...


Ela chega sempre de mansinho, seja planejada ou no susto, ela vem chegando ao longo dos meses de gestação e nos demais anos a seguir. Quando o bebê nasce, ela ainda não foi ao nosso encontro e apesar de acreditarmos no slogan “nasce um bebê, nasce uma mãe”, o bebê pode até nascer rápido (ou não, rsrs), mas a mãe vai aparecendo ao poucos.

Ela é surpreendentemente assustadora! Quando enfim a percebemos, não sabemos para qual rumo está nos levando. Tanta leitura, tanto manual de “como ser mãe”, “como fazer dormir”, “como amamentar” e na prática, parece que nada se encaixa.

“Como era mesmo a rotina que eu deveria fazer para ele dormir?”

“De quanto em quanto tempo devo amamentar meu filho?”

“Será que estou acostumando meu filho a dormir somente no colo?”

Quantas dúvidas... Onde será que estão as respostas? Talvez estes sejam os pensamentos de algumas de nós. Aí bate o desespero!

“O que fiz da minha vida?”

“Não era isso que esperava da maternidade!”

“Onde estão aqueles momentos de pura felicidade, com sorrisos e grunhidos lindos de bebê?”

“E aquele bebê sorridente, cheiroso e gostoso que faz todos delirarem de paixão nos comerciais da TV?”

“Só vejo choro e mais choro, quase nunca identificando o porquê, com intervalos nada regulares de cochilos, isso quando ele deixa de brigar para não dormir…”.

“Amamentação? O que é isso? Só sei que existe e que realmente dá certo porque vejo mães amamentando em alguns ambientes públicos. Mas aqui em casa nada ocorreu institivamente e o pediatra já mandou complementar.”

Até que chega a hora que a famosa maternidade decide chegar em sua integridade e, a medida que nos abrimos a ela, resolve ficar conosco. Para algumas, pode acontecer com os bebês com poucos meses de vida, para outras pode ser que a integridade da maternidade só venha após alguns anos. Mas ela vem, pode ter certeza. Chega uma hora que tomamos as rédeas deste relacionamento. Não é livro, mãe, irmã, tia, pediatra que vai nos dizer como é que devemos agir com nossos filhos. Somos nós, a MÃE que verdadeiramente se transformou após reunir sua vivência enquanto criança com sua própria mãe; após ler todos os livros (úteis ou não) sobre maternidade; após escutar a experiência das demais mães de seu convívio; depois de ouvir os conselhos do pediatra e de ter dado aquela famosa “googlada” para contrastar as recomendações dele com outras recomendações médicas (que jogue a primeira pedra quem nunca fez isso); que decidiu o caminho a seguir com o seu e somente seu filho.

Quando este momento chega, as dificuldades continuarão a existir, mas a calma e a segurança farão com que você saiba como agir naquele momento. É claro que, vez ou outra, uma situação não esperada pode fazer com que você saia dos eixos novamente, mas depois de um tempo, logo se habituará com as novidades e o mar volta a ser calmaria.

E dali algum tempo... Você talvez seja mãe novamente! E aí terá novas habilidades para enfrentar novamente o turbilhão inicial que um bebê traz para nossas vidas! Nunca pense que a maré será baixa desde o início. Novo filho, nova maternidade precisa vir ao nosso encontro. Vá ciente que você será novamente revirada ao avesso, mas que uma hora a MÃE deste novo bebê aparecerá e será a melhor MÃE que estas duas (ou mais) crianças poderão ter.

Assim continuará a ciranda da vida por quantos filhos você vir a ter e em todas as diferentes fases de vida em que participará. Momentos de calmaria, momentos de desespero, momentos de decisões... Se permita viver tudo isso em plenitude e integridade!

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